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Pauta comum atualmente, durante muito tempo o assunto “Relacionamentos Abusivos” foi negligenciado, deixado de lado, mantido em silêncio ou até apresentado como comum, habitual, romantizado em séries, novelas, filmes. As relações tóxicas não se apresentam apenas em relacionamentos amorosos, mas também profissionais, familiares ou entre amigos. Ele pode ser identificado por emoções negativas que geram uma série de problemas emocionais. Entre os sinais comuns nestes casos, psicólogos apontam alguns como críticas exageradas, comportamento hostil, falta de demonstrações de afeto, desrespeito, sentimento de culpa, exaustão.

Douglas Oliveira é psicólogo do Espaço Nelson Pires e conta que alguns sinais podem dar indício de uma relação tóxica: “Quando um relacionamento, seja ele amoroso, profissional ou familiar, passa a ser permeado por emoções negativas, trazendo prejuízos emocionais, é sinal de que os indivíduos envolvidos nele podem estar vivendo um relacionamento tóxico”. A dependência emocional é outro fator que precisa ser analisado nesse contexto, diz o psicólogo: “A relação tóxica é uma relação disfuncional. Um modo de relacionamento amoroso ou não, é uma relação empobrecida do ponto de vista emocional, alimentado pela dependência emocional. A pessoa se sente refém do relacionamento, aprisionada, com suas autopercepção, autoestima e capacidade de pensamento crítico abaladas”.

Para as pessoas que vivem essa relação não é simples, afastar-se porque existem muitos aspectos inconscientes. Para conseguir se afastar é importante ter consciência de que se está vivendo dessa forma, fortalecer-se emocionalmente e buscar uma rede de apoio, oriente Douglas. As relações tóxicas causam prejuízo emocional, interfere na autoestima e diminui o rendimento em suas atividades. Quem está envolvido em uma relação tóxica pode somatizar, jogando no corpo o que não foi possível elaborar. A pessoa envolvida nesse tipo de relação pode perder a noção de quem é.

II Simpósio de Prevenção do Suicídio foi promovido pelo Espaço Nelson Pires

A cada três segundos uma pessoa tenta se matar. A cada 40 segundos alguém se mata. A comunidade médica não tem dúvida: trata-se de um problema que precisa ser contido. Pensando nisso o Espaço Nelson Pires – que atua com assistência em saúde mental em Salvador – promoveu o II Simpósio de Prevenção do Suicídio, no dia 07 de setembro no Hotel Quality. O evento foi parte das ações do ENP pelo “Setembro Amarelo”- mês de conscientização de combate ao suicídio – e reúne profissionais de destaque nacional na capital baiana para debater o tema.

Entre os nomes que participaram do evento, tivemos o precursor do “Setembro Amarelo” no Brasil, o psiquiatra cearense Fábio Gomes de Matos e Souza. Ele é Dr/PhD em Psiquiatria pela Universidade de Edimburgo e atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Ceará, membro dos corpos editoriais da Revista da Associação Brasileira de Psiquiatria, do Jornal Brasileiro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e da Revista de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Quem também vai marcar presença no simpósio é a médica Alexandrina Meleiro, doutora em psiquiatria pela USP e coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção do Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Leonardo Baldaçara é mais um dos psiquiatras confirmados no simpósio. Leonardo é Doutor em Psiquiatria e Psicologia Médica pela Unifesp, coordenador da Comissão de Emergências Psiquiátricas da Associação Brasileira de Psiquiatria e autor do livro Emergências Psiquiátricas. Irismar Reis é mais um psiquiatra convidado e atua com Doutorado e Livre Docência pela UFBA. Formado em Psiquiatria pela Universidade René Descartes e em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute, atualmente é professor permanente de pós graduação na UFBA e professor adjunto do Departamento de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade do Texas. Também é o criador da Terapia Cognitiva Processual. Humberto Corrêa também estará presente no evento. Ele é Psiquiatra, Doutorado em Ciências Biológicas, professor Titular de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFMG, foi presidente da Rede Mundial de Suicidólogos (2008-2010), Presidente da Associação Latinoamericana de Suicidologia (2016-2018) e Presidente da Associação Brasileira para o Estudo e a Prevenção do Suicídio (2015-2018).